Selasa, 29 November 2011

Regina compôs à Natureza e cantou antologia à MPB


Sob o manto dessa agradável combinação de sonoridades, a eterna arte de harmonizar sons musicais que encantam, Regina Salgado lançou, neste sábado (26), no grande salão do Campo Clube, o 4º CD de sua carreira. Quer como cantora ou compositora, a artista fascinou um invulgar elenco de convidados – artistas e intelectuais multi-segmentados. Fez do palco e da noite o mais perfeito olimpo de amantes da boa música: as 13 faixas do seu disco e uma lista de canções consagradas como titulares da MPB.

Foi um show pro-du-zi-do: ideado para suavizar o ambiente e auxiliar a obra beneficente “Casa da Irmã Inês”, dirigida por Haydê Pellegrine, no bairro Bonfim III. Teve suporte, elaboração e montagem de Eugênio Talma, o Geninho, ator “Vado” do papel principal no filme A Feira Livre, de Nivaldo Oliveira.



Acompanhada por cordas em contrabaixo de Miguel Araujo e teclado de Téo Canarana, Regina reinou como uma diva de muitos sonhos. Por três vezes trocou de temas musicais e de figurino também. Digamos que por trinta vezes manteve a elegância e a qualidade do espetáculo. Fez o público chegar junto, dançar e continuar em suas mesas e cadeiras (todas as do salão) até o desenlace da festa, com autógrafos e abraços.

Jacira Rodrigues Sá: “Não posso deixar de aplaudir Meu bem querer”. Jairo Sá ia informando: “Essa é do Djavan, aquela anterior é do Almir Sater”... Ele, Glória da Paz (cantora), Jacira (cantora) e companhia ilimitada sabem tudo dessas antologias. Zecrinha vibrou com sua Charles Chaplin interpretada por Regina (dessa vez em ritmo de samba!) e recebeu o ato da cantora como “uma grande homenagem”. Riana Oliveira rasgou: “Regina é cultura, é estilo, é valor e mostra de que temos algo a mais, que o belo São João”.

Caxixi na mão, a marcar a batida dos ritmos, Regina continuava entoando variações, forçando a mesa de Maria Lima e Maria José Canário a aclamarem mais, por exemplo, ao ouvirem: – Estou de volta pro meu aconchego... O escritor e presidente da Academia de Letras e Artes de Senhor do Bonfim, José Gonçalves levou a família. O casal cel. Augusto Salgado / Vera fizeram aquele discreto coro de aprovação. Ele teve preferência musical: “A apresentação de Regina está linda: suas músicas e essa Charles Chaplin...”.

E quando menos se espera, vem do palco a introdução de Gostoso demais (Dominguinhos e Nando Cordel) e a seguir palmas da platéia e a voz premiada de Regina: – Tô com saudade de tu, meu desejo / Tô com saudade do beijo e do mel... Vinda de Campo Formoso, Iris de Guimarães (22) cantora, compositora e violonista aplaude pela enésima vez. Ela que tem na praça, desde 2010, o CD Olhos de Hórus, e que já compõe músicas para outro álbum, analisou: “Ah, o sucesso de Regina? Veja como ela está confortável no palco”. Do palco, pela voz de Regina está vindo o som Ando devagar porque não tenho pressa...(de Renato Teixeira e Almir Sater). Tá ligado?

Trajando longos, branco, preto e amarelo, a dona da noite baila, marca com os pés e faz uma coreografia afinada com os sentimentos d’alma. É o amor, que mexe com minha cabeça e me deixa assim... O prefeito Paulo Machado: “Regina é uma artista autêntica e talentosa. Quem como ela sabe criar e produzir musicalmente nesse nível, só qualifica e nomeia nossa cultura”. Em sua mesa: Paulinho Machado, vereador Carlos Alberto Dias (o Negão de Tijuaçu), Dr. Aurélio e o advogado Hildalino Matias – estes dois cantarolando todas.

“Estes arpejos sacros me colocaram em enlevo, entre a subjetividade e a transcendência” (Regina Salgado)

As canções são conhecidas, “mas a esfera, o meio, a cumplicidade e o marco do lançamento fazem a diferença”, Emiliana Carvalho falou, quem vai contestar? Foi dela o texto jornalístico de um dos releases da anunciação deste show. Enquanto isso, Regina está voando de contentamento. Sua interpretação sai do âmago: “Quando eu cheguei naquele trecho de Romaria, sem sentir dei um passo à frente, por pura explosão interior, olha que lindo!” (isto foi depois do show e cantou outra vez): – Me disseram, porém /que eu viesse aqui / prá pedir de romaria e prece, paz nos desaventos / Como eu não sei rezar, só queria mostrar / meu olhar, meu olhar, meu olhar...

Marlei Resende, ex-edil em Inhumas/Goiás, veio de lá especialmente para o lançamento: “Gostei da faixa Brisa, essa música e letra me tocaram particularmente”. A professora Conceição Galo (belo penteado black power) veio de Salvador: “Estou realizada com o repertório, o conteúdo justifica minha vinda”. Romaria (de Renato Teixeira) enchendo o ar de acordes sertanejos e Daniel Gomes confirmando a notícia que girava: “É verdade, ano que vem devo lançar meu primeiro CD”.

Dia cinco! – Pedrinho Sá (20), pensador precoce lembrou e exaltou Gibran ouvindo cantigas de amor ao mundo, à natureza, à vida. Zumar Sérgio, poeta, ator, foi o primeiro a anunciar: “Dia cinco de dezembro Jotacê Freitas, vejam bem, Jotacê Freitas! vai lançar livro em Bonfim”. Regina sabia que agradava. Tive visitantes de vários lugares, uns 10 de Jaguarari. “Quando cantei É d’Oxum [de Jerônimo] ou Iemanjá [de sua autoria e no CD], estes arpejos sacros que me colocaram em enlevo, como num espelho d’água, entre a subjetividade e a transcendência”. São os momentos de unidade inseparável, para Regina. “Neles eu me sinto agradecendo ao público” diz a cantora.

O álbum traz canções no compasso do samba, forró, bolero, reagge, valsa e polca: 1. Sonhos de Luz, 2. Mãe Natureza, 3. O homem encantado, 4. A brisa, 5. Mundos, 6. Depois, 7. Noite, 8. Campeão da vida, 9. Iemanjá, 10. A chuva, 11. A sua vinda, 12. Sol, 13. Deus.

Já faz três anos que pro norte relampeia.. .


Contato: (74) 3541.2304 / 8103.5271 – regina.isalgado@yahoo.com.br

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