Rabu, 20 April 2011

Olho tecnológico reduz crime no centro de Bonfim



Desde sua implantação em Senhor do Bonfim, o sistema de monitoramento eletrônico vai completar quatro meses e já apresenta resultados favoráveis à segurança pública na área central da cidade. As câmeras são numeradas, estão em pontos estratégicos do centro comercial e em locais afastados, como o Campo Clube e a Estação Ferroviária. Cada “olho” tem rotatividade de 360 graus, podendo alcançar com nitidez até 600 metros do ponto onde estão instaladas, garantindo qualidade e visibilidade certamente superior ao olho humano.

Assalto, roubo, furto e lesão corporal são algumas das categorias criminais que já foram flagradas pelas câmeras do vídeo-monitoramento. O tenente PM Wallace Mhirley de Araujo observa que elas prestam um serviço de identificação de ótima qualidade, são auxiliares que reforçam o policiamento convencional. Por outro lado, o capitão Ricardo Prudêncio Diz Pazos informa que elas funcionam por via de cabos aéreos, poste a poste, e recebem os cuidados de uma equipe de manutenção. Cada globo ocular recebe assistência técnica necessária ao funcionamento sem interrupção, inclusive a limpeza comum das lentes externa. “Igualmente a óculos, elas não podem ficar embaçada, para não diminuir a qualidade da imagem”, informa o capitão. A parte física das instalações do sistema eletrônico e os HDs assistidos por equipe exclusiva. “A própria PM capacita seus soldados para executar a tarefa de manutenção dos equipamentos”.

O capitão Diz Pazos, que também comanda a 1ª Cia, assegura que “a PM vem utilizando todos os recursos disponibilizados pelo sistema e os resultados têm sido positivos para a prevenção”. No interior do estado da Bahia, além de Senhor do Bonfim apenas Vitória da Conquista, Feira de Santana, Ilhéus instalaram esse serviço online de vigilância. As imagens são gravadas em banco de dados e armazenadas para serem utilizadas sempre que necessário.

Só preventiva e cidadã – Apesar dos vídeos operarem 24 horas por dia, e da eficácia do sistema, todo o serviço é de caráter reservado. As imagens colhidas são essencialmente preventivas. Não se dirigem às pessoas em suas atividades cidadãs. O dia a dia comum da sociedade não diz respeito ao trabalho da Polícia Militar para efeito de fiscalização ou registro. O tenente Wallace Mhirley de Araujo esclarece o princípio: “Não existem pessoas suspeitas, muito pelo contrário, o que existe são pessoas com ou em atitudes suspeitas, e através das imagens captadas pelas câmeras em operação podemos identificar essas situações e enviar viaturas até o local, aumentando a eficiência do nosso trabalho”.

Câmera, rádio e ação

Modus operandi: Dez policiais se revezam em escalas das 7hs ás 19hs e das 19hs às 7hs. Há sempre uma dupla desses operadores diante de monitores acompanhando pelas câmeras o que se passa nas ruas. Ao detectar uma suspeição, o operador da Central de Monitoramento entra em contato com a Central de Operações (responsável pelo envio de viaturas) que, automaticamente, expede uma guarnição da Rádio Patrulha ao local e, caso constatem delito, atua na forma da lei.

Bullying – Desde a sua implantação (23/12/2010) as câmeras têm ajudado a PM a combater violência, crimes e agressões. A atitude agressiva de estudantes aglomerados na Praça Nova levantou suspeita: uma viatura foi ao local e descobriu que o grupo iria agredir outro estudante. “A ação preventiva da PM impediu o ato”, contou uma das policiais plantonistas da Central. De relatório emitido nos últimos 60 dias pela Central de Vídeo, algumas ocorrências:

Será que vê? – Desarticulação de ponto de venda de drogas nas proximidades de um hotel; menores com monitor produto de furto (Câmera 11); suspeito de espancamento (Câmera 8); atropelamento em frente a uma igreja cristã (Câmera 1); colisão entre carro e moto (Câmera 4); porte de arma (Câmera 14); homicídio (Câmera-5); menores furtando barraca de camelô (Câmera-8); acidente de trânsito (Câmera-9) homem caído na rua, Samu acionado (Câmera-8); averiguação, porta de banco (Câmera-6); suspeição de tráfico de drogas (Câmera-12); suspeição de estelionato, identificação (Câmera-6); menores no telhado de loja (Câmera-6); furto de bicicleta na porta de supermercado (Câmera-4); furto de materiais (Câmara-12); caminhão baú na contra-mão (Câmara-6); capotamento de veículo (Câmera-7); etc.

A parceria para o monitoramento uniu a Polícia Militar, a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), a Associação Comercial e a Prefeitura Municipal que, juntas, mobilizaram comerciantes e empresas conseguindo o material de construção, a doação do espaço de 90 m², a planta, arquiteto e engenheiro, bem como os operários que levantaram a obra na Praça Augusto Sena Gomes. “Ainda não temos números, mas o Coronel Salgado e os parceiros devem saber que a criminalidade caiu no centro da cidade”, concluiu Pazos.

ASCOM

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