O show sanfonado, liderado pelos foles dos mestres Josa e Chiquinho, espalhou o som do sábado (5) no Calçadão logo cedo. Foi o tom do forró à frente da Cultura bonfinense mais enraizada, anunciando que, em 2009, o governo Cuidando da Nossa Gente soube ativar e reativar tudo que se exprime em arte no território municipal.
Alex, Daniel Gomes e o grupo Mandala Blak sucederam-se no “Palco Livre” do toldo de entrada. Pela MPB mostraram o que é que Bonfim musical sabe fazer quando um governo popular abre canal para o desenvolvimento da criação, produção e exibição do canto em “solo” ou coletivo, vocal ou instrumental.
Magia
“Não pudemos mostrar tudo. O sábado acompanha a força da feira, até as 14 horas” – lamentou Edneuton Sá, Coordenador do Departamento de Cultura. Enquanto isso, ao toque rítmico e mágico das mãos de Dinha (sempre ela) na lata fazia o coro cântico de vozes evoluir para uma roda de giros cadenciais. Era a alegria do Samba-de-lata, pegando na veia do próprio Paulo Machado, maior admirador dessa caríssima tradição da terra.
Ele tomou do microfone e de quando em vez descrevia cada significado. Do Dia da Cultura Bonfinense (5 de dezembro), da passagem de Rui Barbosa nessa data, há 90 anos atrás, em Senhor do Bonfim e da riqueza histórica que esse passado de glórias legou para nossa geração. Da herança cultural do negro e do indígena, e da importância desses valores para a diversidade de manifestações da nossa geração atual.
Ligado no social
A Filarmônica Mirim União dos Ferroviários entrou e ele prosseguiu. Quem passava parava. Bruno Lopes (26), engenheiro, morador do bairro Maristas comentou: “são pessoas novas recebendo algum apoio e tocando tão bem. É bom para a cidade”. Quem estava continuava. Severino dos Santos é o Bil, (63), aposentado, mora na Alberto Torres, 260, Gamboa: “Quero sair e não consigo. É bonito, estou é aprendendo. Até o homi ta ali”. Qual o homem? “O Paulo Machado”. O que acha dele? “Tô achando é bom, ele é ligado no social”.
O melhor
No espaço do artesanato rolaram produtos da habilidade manual com os recursos naturais da região. Vendeu hoje? “Tudo, não, a gente sempre comercializa o que faz”, disse dona Zeninha, ouvindo a batida do Samba do Parentesco e explicações de Vanildo, quilombola que gosta de divulgar o que orgulha a sua comunidade (Tijuaçu). A Biblioteca Itinerante, tão conhecida em todas as regiões de Bonfim não parou de receber visitantes na entrada do Calçadão. E a Casa do São João não parou de exibir vídeos, álbuns, textos e registros fotográficos do melhor São João de Senhor do Bonfim: o de 2009.
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